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Mensagens de fé e esperança para a edificação da igreja de Deus no mundo.
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Os Olhos: Janelas da Alma e Pedras de Tropeço
Texto Base: Eclesiastes 2:10
"E tudo quanto desejaram os meus olhos não lho neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; antes, o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e esta foi a minha porção de todo o meu trabalho."
Introdução
Os olhos são frequentemente chamados de "as janelas da alma", pois através deles percebemos o mundo ao nosso redor. Entretanto, a Bíblia nos ensina que o que contemplamos pode influenciar profundamente nosso coração e nossas ações. Se não vigiarmos, nossos olhos podem se tornar uma porta de entrada para desejos pecaminosos, desviando-nos da vontade de Deus. Um dos maiores perigos que enfrentamos é a concupiscência, um termo bíblico que significa um desejo intenso e desordenado por algo que não nos pertence ou que nos afasta de Deus.
O Perigo da Concupiscência
A palavra "concupiscência" aparece diversas vezes nas Escrituras e se refere aos desejos carnais que guerreiam contra o Espírito. Em 1 João 2:16, lemos:
"Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo."
Aqui, a Bíblia distingue entre concupiscência dos olhos e concupiscência da carne. Mas qual a diferença?
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Concupiscência dos olhos: É o desejo desordenado por aquilo que vemos. Pode ser materialismo, cobiça, inveja ou qualquer outro anseio despertado pela visão. Exemplo disso foi Eva no Jardim do Éden (Gênesis 3:6), que viu que a árvore "era agradável aos olhos" e, movida pelo desejo, tomou do fruto proibido.
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Concupiscência da carne: São desejos físicos e instintivos que levam à imoralidade. Enquanto a concupiscência dos olhos pode ser um desejo despertado externamente, a concupiscência da carne surge de dentro do coração, impulsionada por apetites humanos. Um exemplo clássico é o de Davi, que ao ver Bate-Seba se banhando, cobiçou-a e caiu em pecado (2 Samuel 11:2-4).
Salomão e o Poder da Visão
No versículo de Eclesiastes 2:10, Salomão confessa que não negou aos seus olhos nada do que desejavam. Esse é um relato de alguém que buscou satisfação plena nos prazeres terrenos, apenas para descobrir no final que tudo era vaidade (Eclesiastes 2:11). O rei mais sábio de Israel se deixou levar pela ostentação, pelo luxo e pelas muitas mulheres, e sua história nos ensina que a satisfação verdadeira não está naquilo que os olhos cobiçam, mas em Deus.
Eva e o Fruto Proibido
Eva, assim como Salomão, foi seduzida pelo que viu. Gênesis 3:6 nos diz que "vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto e comeu."
Aqui vemos um padrão: olhar → desejar → tomar. Esse mesmo ciclo se repetiu com Salomão, Davi e tantos outros personagens bíblicos.
Sansão e a Mulher de Timna
Sansão, um homem chamado por Deus, também caiu nesse mesmo erro. Em Juízes 14:1-3, lemos:
"E desceu Sansão a Timna, e viu ali uma mulher das filhas dos filisteus. E subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, dizendo: Vi uma mulher em Timna das filhas dos filisteus; tomai-ma, pois, por mulher."
Sansão viu, desejou e insistiu em seguir seu próprio caminho, ignorando o conselho de seus pais. Isso o levou a uma série de consequências trágicas, culminando em sua captura e morte.
Como Guardar os Olhos?
A Bíblia nos ensina a guardar nossos olhos para não cairmos em tentação. Algumas direções práticas incluem:
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Fazer um pacto com os olhos (Jó 31:1) – Assim como Jó, devemos decidir não olhar para aquilo que pode nos levar ao pecado.
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Alimentar a mente com a Palavra (Salmo 119:9-11) – O salmista pergunta como um jovem pode manter-se puro e responde: "Guardando a Palavra de Deus no coração".
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Evitar ocasiões de tropeço (Mateus 5:29) – Jesus foi radical ao dizer que se um olho nos faz tropeçar, é melhor arrancá-lo do que perder a salvação.
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Olhar para Cristo (Hebreus 12:2) – Devemos fixar nossos olhos no Autor e Consumador da fé, desviando-nos daquilo que nos afasta dEle.
Conclusão
A visão pode ser uma bênção ou uma armadilha. Eva, Sansão e Salomão se tornaram exemplos de como os olhos podem nos levar a pecar quando não são controlados. No entanto, quando direcionamos nossa visão para Cristo e para as coisas do alto, encontramos satisfação verdadeira. Como disse o salmista:
"Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade, e vivifica-me no teu caminho." (Salmo 119:37)
Que essa seja a nossa oração diária, para que nossos olhos sejam instrumentos de santidade e não de tropeço.
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